Governo da Eritreia fecha hospitais cristãos.
mais de 170 mil pessoas ficaram sem atendimento médico.
O governo da Eritreia interditou e fechou recentemente hospitais e clínicas de igrejas, fazendo com que milhares de pessoas ficassem sem atendimento médico.
Os trabalhos de assistência social prestado pelas igrejas católicas e evangélicas são muito conhecidos em todo o mundo. O apoio histórico para a área da saúde é inclusive reconhecido em livras de medicina, que relatam em sua maioria os tratamentos e cuidados oferecidos por cristãos em mosteiros por exemplo há alguns séculos atrás.
Desta forma, esse tipo de trabalho ao longo do tempo deixou de ser apenas uma filosofia espiritual cristã, mas virou também um importante papel social que a igreja executa em parceria com os governos.
Entretanto, segundo a ACI Digital, mesmo sabendo do grau de importância que a igreja possui na manutenção da saúde, o governo da Eritreia, localizado em continente africano, interditou três hospitais, 16 clínicas médicas e ainda mais 3 centros de atenção a saúde, que pertenciam e funcionavam sob administração da igreja católica local.
Com isso, de acordo com a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que sofre (ACN), mais de 170 mil pessoas ficaram simplesmente sem atendimento médico, alguma inclusive, agora precisam caminhar por aproximadamente 26 km para conseguir consulta médica no local mais próximo.
Sendo assim, uma carta de protesto de quatro ministros da Igreja Católica do país, foi encaminhada ao ministro da Saúde da Eritreia, Amna Nurhusein, no documento, eles reivindicam o direito de prestar serviços, bom como realizar a administração de instituições de saúde com trabalhos que ofereçam diferentes tipos de ajudas as pessoas que precisam.
“Privar a Igreja de cuidar dessas instituições é minar sua própria existência e expor seus trabalhadores à perseguição religiosa. Declaramos que não entregaremos nossas instituições e equipamentos de livre e espontânea vontade”, afirmaram eles.
“Nossa mensagem ao governo é simples: deixe-nos em paz. É dever da Igreja cuidar dos doentes, dos pobres e moribundos. Ninguém, nem mesmo o governo, pode dizer à Igreja para não fazer o seu trabalho”, acrescentaram os bispos.
Ademais, no documento enviado, os líderes católicos fizeram questão de recordar ao ministro de Saúde que todas as normas e parâmetros governamentais foram rigidamente cumpridas. Desta forma, objetivavam que os hospitais e clínicas pudessem funcionar de modo legal e regular.
“Nossas instalações médicas estavam seguindo fielmente as diretrizes do ministério da saúde e, na maioria das vezes, os supervisores do ministério apreciavam muito o trabalho realizado”, destacaram.